08 mar MIL EM UMA
Mulher é ventre infinito
Um enígma fascinante
Traz o universo consigo
Numa barriga gigante
É contrair, dilatar
É força e expulsar
É choro de vida
E dom de gerar
Às vezes sofre na lágrima contida
No peito calada, a palavra reprimida,
Mas, coloca a saia rodada
E determinada, sai destemida
Sexo frágil, Erasmo já disse
Que absurda mentira!
Quem bem a conhece concorda
Ela é o ar que a família respira
Mãos mágicas,
Colo analgésico,
Beijo terapêutico
Habilidade telepática
Sexto sentido profilático
Tudo em alta concentração plasmática
É abraço de laço
Botão de emergência
Chave-mestra
Para qualquer intercorrência
Mulher é pimenta, é mel
Deusa, louca e feiticeira
Recatada, do lar ou qualquer papel
Que ninguém mais venha a se importar
Que a mulher seja o que queira!
Por Laura Lúcia Martins
(homanagem às mulheres em março 2017)